sábado, 29 de maio de 2010

Com o que seu coração para de bater?


Boa pergunta não?

Você pode passar muito tempo com alguém e em nenhum momento ter tantas “paradas cardíacas” do que quando você vê alguém que chama a sua atenção na rua ou em qualquer outro lugar.

Não são as coisas pensadas, premeditadas ou mesmo as programadas que te fazem suspirar ou perder o ar, mas sim a lembrança de bons momentos, a surpresa, o inesperado.

Você não vê alguém há muito tempo, pensa nessa pessoa sempre que toca uma música, que vê alguma cena ou passa por algum lugar importante. De repente se sente só, ela ta longe não fala com você há dias e você não que dar o braço a torcer e procurá-la. Imagine que você ta caminhando por um lugar importante, um lugar que tenha marcado de alguma maneira, ta pensando no nada e seu telefone toca; você olha no visor e quase não acredita. É ele(a). Seu coração começa a falhar, o ar fica rarefeito, você abre um daqueles sorrisos bobos apaixonados. Começa a suar frio e a sensação é a melhor que possa existir. Quando você atende (sim, você vai atender, lógico!), a pessoa que “faz você perder o ar” só precisa falar: - Eu te amo. To com saudades. Como você esta?

Depois disso seu coração falha de vez. As nuvens estão muito perto e você já não caminha mais, você voa!

Pode ser conto fadas e imaginação demais. Mas a metade do que eu escrevi já é suficiente pra qualquer coração ficar descompassado. Não é preciso muito. Um olhar, poxa, como um olhar é importante, alguns contagiam até quem está em volta, aquela ligação, são aquelas palavras sem som que passam como correntes elétricas. Um olhar, poucas palavras... São os pequenos gestos que conquistam.

O que é mais importante pra você, passar muito tempo com alguém por comodismo ou ter alguém que te faça feliz com um simples gesto?

Permito-me responder, prefiro uma risada com um passo de dança errado, um olhar que anime um momento ruim, um abraço apertado; prefiro poucas palavras e muito sentimento; prefiro um beijo; prefiro um adeus com a certeza de um volto logo, correr riscos do que me acomodar com a mesmice; prefiro além de tudo palavras, sentimentos e gestos sinceros.

“Antes estar em uma montanha russa do que num carrossel sem graça. Antes medo e frio na barriga, do que tédio e confiança.”

O final de hoje é simples, mas, verdadeiro: a beleza só importa de longe, de perto você não vê você sente! Aliás, com o que seu coração para de bater?

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Créditos da imagem: http://www.fotolog.com.br/utopiadascores


segunda-feira, 10 de maio de 2010

Seja essência e nada mais.


Normalmente somos presenteados em datas especiais, comemorativas; mas as vezes dá pra ver que os presentes materiais servem para suprir os presentes que não damos emocionalmente.

O que custa dar um abraço todo dia? O que custa demonstrar que ama as vezes ou sempre? O que custa parar pra sentir ou mesmo pra perceber que tem mais sentimento envolvendo você do que imagina?

Sou adepta a presentes que complementem o sentimento não aos que completam, pois sempre há uma lacuna quando isso acontece. Você aposta todas as suas fichas no sentimento de alguém, em quem a pessoa é e não em o que ela pode oferecer e acaba recebendo apenas o material e colocando de lado o emocional.

“Posso fazer um enorme investimento de esperança em um ser humano e depois perder tudo. Presumo que sei quem ela é e depois descubro que é uma pessoa inteiramente diferente, tenho que voltar à prancheta, projetar tudo de novo. Depois de algum tempo, concluo que não há ninguém em que eu possa conhecer plenamente, exceto a mim mesmo, o que já é bastante problemático.” (Richard Bach)

Acredito que o conhecimento venha com o tempo e com uma certa convivência, por enquanto só temos que saber nos doar da melhor maneira possível. Importe-se mais com o que você sente e com quem você é, do que com o que você pode oferecer.

Termino hoje aqui com o desejo que o sentimento prevaleça. Mas antes uma só observação. Já percebeu que depois que você conhece uma pessoa por alguém tempo a aparência dela muda?

“Ele pode ser o homem mais lindo do mundo, mas se torna feio como pipoca quando não tem nada a dizer e o homem mais feio diz o que lhe importa e porque se importa, em dois minutos é tão bonito que você sente vontade de abraçá-lo!”

Isso serve pra “bater na mesma tecla”, o que importa é a essência e não a aparência. Pense nisso!



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O trechos em italico são do Richard Bach, do livro A ponte para o sempre. E a imagem, Flávio do http://www.fotolog.com.br/lifeonadraw :)

sábado, 8 de maio de 2010

Acostume-se.

É engraçado, muitas pessoas falam que o melhor remédio em alguns sentidos é esquecer. Mas me diga, quem em sã consciência quer esquecer de algo que importa. De algo que foi bom ou de algo que está bem fresco na memória?

Não conheço ninguém.

Não é possível tentar esquecer! Pode ser possível tentar ser indiferente, tentar não se importar, tentar deixar pra lá, tentar não procurar, tentar, tentar, tentar... Mas tentar esquecer já é uma forma de lembrar!

Quando se ama alguém e está acostumado com a sensação, com a procura, com as noticias, é difícil deixar pra lá. É difícil se convencer de que realmente tudo tem um fim. É aquela coisa “foi pra sempre enquanto durou...”. Podem ser no amor, na amizade ou mesmo na família, as pessoas acabam se afastando querendo ou não. O tempo vai passando e a gente vai tentando se acostumar com uma realidade diferente da nossa, pelo menos da realidade “antiga”.

Mas fazer o que? ACOSTUMA!

Pra mim o amor pode ser inventado, reinventado, pode nunca ser perfeito, mas pode caminhar para a perfeição, segundo o poeta “o nosso amor a gente inventa...”.

Invente, viva, crie, faça de tudo pra que quando acabar e se acabar, você passe a lembrar que foi bom enquanto durou, que você fez o que pôde, mas, que por obra do destino tomou outro rumo.

Eu sou daquelas que constroem histórias, que tecem teias, que ligam pontos e que procuram fazer o melhor pra se sentir bem. Sou romântica assumida e de carteirinha, gosto de bons abraços, boas palavras, bons livros e bons momentos. Acredito que as quedas são válidas, que os tropeços nos ensinam, que a batalha vencida é importante, mas que a perdida é mais importante ainda. Lembro da minha família como uma saudade enorme e ainda choro por ver que eu já não posso voltar e agarrar tudo que eu mais prezava e que mais me fazia feliz. Não me perdôo por algumas burrices e por não ter aproveitado melhor meu tempo. Mas essa é a minha história, a sua pode ser diferente. Afinal, “Os românticos constroem histórias, os pragmáticos se aproveitam delas.”.

Não sou perfeita e não conheço ninguém que seja, mas gosto de saber e de acreditar que quando a gente ama de verdade passamos a aprender que a perfeição são as imperfeições. Que é preciso que valha mais a essência e não a aparência, que as coisas não podem passar a ser rotina, mas sim que precisam ser significantes. Acredito piamente que o que vale é quem você é pra você, que a única coisa que fica quando você se vai é quem você é. Sua alma e seu coração passam a ser apenas um.

Termino aqui mais como um começo do que como um fim, mas como Mario Quintana falou, um amigo meu repetiu e agora eu escrevo, “Se tiver que me esquecer, me esqueça. Mas bem devagarinho.”.


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Créditos da imagem: http://www.fotolog.com.br/lifeonadraw



Não é de hoje que eu coloco as fotos do Flávio aqui. Sou fã e adoro os seus desenhos. Esse é a cara do blog. Adorei, adorei e adorei. Pois então ta aqui. Com os devidos créditos.

Se quiserem ver mais imagens acessem: http://www.fotolog.com.br/lifeonadraw
Lá tem informações sobre a lojinha e mais novidades.

Um abraço com desejo de um café e um amor sem gelo para todos! :)