segunda-feira, 18 de abril de 2011


Segundo o dicionário: "Tempo, s. m. Sucessão de dias, horas, momentos; período; época; estado atmosférico; estação ou ocasião própria; cada uma das partes completas de uma peça musical em que o andamento muda; (...)".

É engraçado, toda vez que algo acontece as pessoas olham pra você e dizem:

- Dê tempo ao tempo.

- Você vai ver que as coisas se ajeitam com o tempo.

- Relaxa, com o tempo passa e assim por diante...

Às vezes é até necessário, mas você já se deu conta quanto tempo você gasta esperando? Quantas coisas você perde nesse tempo com medo de tentar? Ninguém, isso mesmo, ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, passado é exatamente isso... Passou. Você aprende, sente saudades e sinceramente? Passa pelas portas e pula as janelas. Não se desfaça das lembranças boas e não deixe elas te atormentarem, se foi daquele jeito tinha que ser e ponto final, mas acredite que apesar da situação ser parecida as pessoas mudam, as condições mudam e agora é tudo (por mais que você acredite que não) diferente. Dê uma chance e se dê uma chance! Não vá embora se não quiser ir, não fale que não quer estar por perto se não quiser, não force algo que você sabe que vai machucar, não tente se afastar porque não quer magoar, seja fiel às boas sensações e a boa companhia que outra pessoa te proporciona, estando longe ou não. Se a cada passo que você dá pra longe você perde um pouquinho do seu coração, porque então retirar a esperança da outra pessoa mesmo querendo estar por perto? É completamente compreensível não querer passar pela mesma situação de novo, o medo tentar pode ser esmagador na maioria das vezes, mas, é melhor tentar ou se acomodar e esperar que um anjo caia do céu e seja perfeito pra você?

Agora vire o lado da moeda...

Você ta ai e vê que ele falou algo e os olhos disseram uma coisa totalmente diferente. Você que apenas não queria nada com ninguém e se pega pensando naquela pessoa que por vezes já te tirou o sono e já entrou nos seus sonhos só pra quando você acordar perceber que aquilo não é real. Vê também que ele não quer ir, mas ta com medo e o que você faz? Nada, isso mesmo exatamente nada. Não adianta. Dói e da vontade de jogar tudo pela estrada, mas a situação é tão contraditória que você não sabe realmente o que fazer, pra piorar o seu lado, lá dentro, lá no fundo você sabe que não quer aprender a viver sem.

E os dois se completavam sem saber, os dois queriam mais, apesar de todas as dificuldades, de toda dorzinha chata... Como diz o eterno Carlos Drummond de Andrade: "Definitivo, como tudo o que é simples. Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.

Por que sofremos tanto por amor?

O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.

Sofremos por quê?

Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido juntos e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.(...)”

E se as coisas pararem por ai, cada um com sua dor que a cada dia fica um pouco mais suportável, vira acomodação. É aquela coisa, quando um não quer os dois não estão juntos; quando um tem medo, o outro nem sequer tenta. E sufoca, sufoca... A gente então percebe o quanto alguém faz falta, e fica feliz por poder ver o quanto essa pessoa é importante. Então imagine, imagine uma nova história e acredite nela.

“Nunca é tarde, às vezes é apenas cedo demais.” CFA

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